quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Já não tenho mais a cara que eu tinha

Loucura, as vezes me sinto um pouco normal, mas isso é só as vezes, porque a loucura é algo que me caracteriza, minha mente problemática, ou será matemática? essa não descansa, me cansa, me tira da loucura e me coloca nessa realidade chata, chata e chata.
Percebi que não sei quem sou, percebi que todo o conhecimento que tenho comigo, toda minha tranquilidade diante os problemas corriqueiros de uma vida transitiva como a de qualquer paulistano ativo, são sempre solúveis. Pensei que tinha controle sobre o que sou...pensei, já nao penso mais... não o tenho... e isso me tira da loucura, por que louco é o que acha que sabe tudo sobre si.
E ainda mais louco, é quando algo tira essa tranquilidade minha, que sempre foi tão minha, que parecia nunca sair de mim, que sabia ser paciente, ser calculista, ser frio. Acontece que vim nessa terra pra aprender, e o que ainda não sabia, veio a tona, não sei quem sou.... todo o conhecimento que tinha sobre mim, não me torna mais certo de quem sou, pensei que conhecia cada milimitro da casca que me torna homem, cada ponto sensível, cada movimento que meu corpo era capaz de fazer, cada sentimento que eu tinha.... Descobri que não sei nada, e ainda descobri que minha mente é capaz de mandar no meu estômago, a anciedade que ela me provoca, me contorce em dores, ardentes dores que não sei controlar, não sei o que é... não sei quem sou.
Amanhã é outro dia, e não sei o que serei amanhã de manhã.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mudei para o Interior do meu interior.

A muito já me falta a vontade para o pensamento que saia da calegrafia, que vibre nos contornos dos simbolos que representam sons, que se ouve e interpreta, definiram por palavras. A muito isso já não me atrai, não me atrai, traí o que tinha me proposto ao treino de uma cabeça que pensa e pesa, pensamento pesado, deixei de lado.
Mudei, assim como um caramujo que muda, e não vai sozinho, leva nas costas o que quer, e eu que sempre quis tudo, venho puxando tudo, pelo menos tudo que acho que é tudo pra mim.
Uma nova rotina, que ainda não achei a rotina nessa nova, e isso me toma tanto o tempo, me cansa tanto o cansaço, bagaço.
Me dedico as coisas, me torno tão presente que quando meu ausento, reclamam, exclamam assim !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A verdade é que peguei carona n'um cometa, ahhhhhhhhhhh que tesão esse cometa, pirei.
Já não acho que escrever o que me cutuca a cabeça seja importante pra mim, nem para quem lê, nem para quem acredita que escrevo as vezes, nem para os que não acreditam, nem até para minha mãe.
E então, quando se lê esses fragmentos que aí em cima estão, se incomoda, se questiona, e se pergunta se vale a pena, ter lido, ter me conhecido, ter eu contigo, tu comigo, um bom amigo, ou desconhecido gigo.
Mudei pro interior, mas vivo mudando, não estarei sempre aqui.
E ainda bem que trouxe meu tudo.
E quando esses que me pertubam, e eu aqui querendo pertubar, deixou isso pra lá, e fico feliz por saber que minha preta esta por aí, e a tenho, pelo menos até ela não mudar.

"o interior é quente."

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Todo o sangue tem a sua história.

No final do corredor, entre a porta e a janela que me permite a amplitude do olhar, vejo o recipiente que me mantém como um peixe em um aquário a 2 anos. Nesse ponto onde me coloquei feito sentinela, estacionei meus pensamentos e nenhum movimento do meu corpo se fez maior que a simples respiração. Foi um momento no dia cheio de trabalho que se fez necessário olhar para tudo aquilo. Lá em baixo, operários seguem firmes no mesmo rítimo que as barulhentas engrenagens das máquinas gráficas que engolem papel, e o cóspem dez mil impressos por hora. Mulheres no acabamento final, em meio aquela orquéstra sinfônica de sopros e rolamentos, intercalam um catálogo com a habilidade de uma aranha tecendo sua teia, e diante todo esse absurdo de movimentos e infinitos sons, um estopim me explodiu nos ouvidos, não se ouvia mais nada, não se via mais um movimento, meu sangue cortando minhas veias, correndo sem descanso no interior labiríntico do meu corpo, sem perder o rumo nem o sentido, empalideceu-me o rosto, fugindo subitamente, sangue forte, que espirra quando se faz um rasgão na pele, o mesmo que torna-se capa protetora de uma ferida, que torna lago um campo de batalha. O mesmo sangue que nos guia, que nos levanta, o mesmo que durmimos e despertamos.
O sangue. Por ele vivemos, por conta dele morremos. O mesmo que torna-se leite e alimenta as crianças no colo das mães, que se torna revolta e levanta um punhal, que se torna lágrimas e sentimentos de alegria e dor, o mesmo que se serve dos olhos para ver, entender e julgar. Homens de sangue nos olhos!
Serve-se das mão para o trabalho, para o afago, dos pés para ir aonde quiser. O sangue é homem, é mulher, cobre-se de luto ou de festa, e quando toma nomes que não são os seus é porque esses nomes pertencem a todos os que são do mesmo sangue. O sangue sabe muito, o sangue sabe o sangue que tem.
O tal sangue monta a cavalo e fuma cachimbo muitas das vezes, em outras olha com olhos secos porque a dor os secou, ele sorri com uma boca de longe e um sorriso de perto, esconde a cara mas deixa que a alma se mostre, o sangue implora a misericórdia, desenha figuras vigilantes nas paredes das casas, faz-se gigante para subir às muralhas, ele ferve e se acalma, às vezes é como um incêndio que tudo abrasa, é uma luz quase suave, suspiro... Um sonho, um descansar a cabeça no ombro do sangue bom que está ao lado.
E nesse momento ele foi medo e conforto, pensei no homem que conheço a pouco tempo, mas ainda não o conheço, nem o conhecerei tão logo, e acho que levarei a vida inteira para conhecê-lo.
Homem que vejo um bom homem no olhar compenetrante que têm. Seus olhos claros o torna mais claro quando nos olhamos olhos nos olhos. Homem de boa educação, que sabe educar os que são seus, que planta alegria no seu lar, que acolhe adolescentes como filhos, que se dispõe para a fraternidade, homem que me deixa curioso, homem de paz, que sabe o que é certo e errado, gosta de futebol. Homem Comum, que me faz querer ser comum assim um dia. Homem que pelo sangue forte me assustou nesse momento que estagnei vendo tudo aquilo de cima, no momento que fiquei surdo quando o barulho era incessante, seus caminhos internos que por onde sua energia corre, encontrou um ponto obstruído, meus pensamentos pararam aí.
O sangue.
Trocaria o meu ainda fino, com o dele, para que evitasse esse susto que me deu, que ainda assusta a quem eu gosto.
Vai passar, não posso trocar.
Minha próxima semana nesse aquário será a última, assim como acredito que nessa próxima semana, tal homem não vai mais ter esse problema nos seus labirintos internos que correm seu bom sangue. O coração dele é mais forte que eu posso imaginar, e seu sangue é eterno como a esperança.
Torço por você, J. Mauro.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Do It

Lenine

Composição: Lenine/Ivan Santos


Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...

Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora...

Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...

Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance...



Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...

Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...

Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...

Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta
Não se submeta...

domingo, 9 de agosto de 2009

Palha de Aço

Minhas veias saltadas no braço esquerdo, instigam minhas artérias a empurrarem a grossa camada de pele e pêlo do braço direito, a cabeça... essa já acustumada com o incômodo de insessantes pensamentos fazendo um barulho silencioso o tempo todo, todo tempo, tendo o tempo todo no tempo a entender o por quê de todas as coisas que me dou a atenção, ser bicho quando a pretensão doutro homem se quer mostrar de exemplo da raça de homens corretos.
Alguns se julgam ser corretos por estarem comprometidos com suas religiões, suas crenças.
Crêem em quê? De onde vêem tanta certeza do que é o correto ser o que são? palavras ouvidas de um outro homem, exemplos de outro homem, e então, seguem como se fossem proprietários da verdade humana.
Querem ouvir de mim, quem sou eu. E eu, não sei dizer quem sou, nem nunca saberei, nem nunca vou me deixar que me incomodem com isso o tempo todo, todo o tempo. Sou nada. Não sou correto, não sei da verdade, sou instinto, feito bicho.
E para essas perguntas, sou resposta crua.
SILÊNCIO.
Estou encomodado, e n'um dia comum me senti vazio quando meus planos era para ter um dia cheio, cheio de quê? Foi como pedir ao pai, ensinar-me a ser palhaço. Palha de Aço.

Isso não se ensina.

domingo, 26 de julho de 2009

Criola

Dias preenchidos por uma fina garoa, que as núvens mais escuras a tornavam grossas gotas d'água. Há três dias vem sendo assim, pouca luz lá fora, o dia nem parece tão dia assim. Semana passada não tive que ir ao trabalho, sete dias longe da fiel vida que levo, que de tão responsável nem sei quem sou. Admirável textos de um homem que gosta de escrever, sempre tenho tempo para ler suas novas traduções escritas em um ambiente semelhante a esse, a profissão dele é escritor e já tem mais de meio século de vida e de textos escritos também, fico pensando se um dia vou ter essa bagagem toda, a ponto de falar tão naturalmente sobre qualquer assunto e ter o discernimento de expor opiniões sem que elas tomem a força de se portarem como a única verdade.
Dias calmos por de mais, estes últimos foram assim, simples...
Volta a vida responsável, turbilhão no primeiro dia, mas só no primeiro dia e, mais para o meio da semana, uma proposta que me levou a ter novos sonhos, na verdade os sonhos já existiam, mas estavam ainda longe e a proposta, os trouxe mais próximos. Sorri à toa o resto da semana e ainda estou ancioso, nessa próxima segunda-feira terei algumas respostas decisivas, Deus me abençoe e a todos nós!
E o que é ainda mais estranho, é estar aqui escrevendo sobre um assunto que não traz interesse a ninguém, é um contar, de forma toscamente resumida, meus dias depois da última vez que deixei uma marca em crônica neste espaço. Que fique claro que não venho aqui por obrigação, venho por vontade comum, por em prática meu pensar, sem ter data certa para voltar. Mas hoje me faltam as palavras, me faltam um foco em algum assunto, me falta a vontade de ler os parágrafos anteriores, mas me sobra tanto pensamento...


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Pele verde.

Eu em pé, erecto e posto arquiteturamente em chão firme, em uma manhã de sol que fazia da minha sombra algo ainda maior que meu gesto estagnado, o frio pelos lados me pediam a força que não tinha. Passei os olhos em realidades muito distantes da minha, que precisam de uma ajuda, não só minha, mas de quem encara a verdade. A dura e fria verdade.
Descobri que me falta ainda muita força, força que busco insensantemente, mas a angústia que não me permite ainda ter, a falta de postura que me joga ao chão, que desmorona toda a estrutura arquitetônica que aparentemente se mostrava tão firme diante alguém ainda pequeno, que é sem dúvida muito mais forte que eu.
Eu educado por família humilde, onde realidade paternal é extritamente igualada desses que fui à uma visita saber aonde posso ajudar... Ajudar? eu que precisei de ajuda! encarar a verdade de um jóvem que não sabe nada, e sabe muito mais que eu! Sabe se livrar do frio com papelão, sabe se livrar da fome em um lixão.
São só crianças que precisam ser mais crianças, e que mundo imperfeito elas se depararam tão cedo??
Doce ilusão a minha de achar que o mundo não é tão ruim assim, só deixa de ser para aqueles que não querem olhar ao lado. Filhos bastardos!
Daniel, 14, não quer sobrenome. foram dez minutos de conversa, e eu desviei meus olhos dos olhos dele, para segurar minha vontade de desmoronar e não chorar as lágrimas que dele saiam não só por dor, saiam por tantas coisas que não há palavra que traduza. O nó na garganta, não me deixava dizer qualquer palavra que ele esperava ouvir. O silêncio disse a ele.
O Silêncio disse a mim: Reaje seu covarde de uma figa! Cadê a sua força? Bundão!
São 35 que estavam nessa mesma remada, e se não suportei o peso de uma história, meu DEUS, como suporatarei 35 ou mais??
Não é meu momento, ainda sou nada na vida. Ainda não sou gente, não sei ser!
Desde então isso bate feito sino na minha nuca, em todas as minhas manhãs vazias dessa semana. E entro em conflito com meus ideais, com o mundo que eu tentava enganar para aliviar a dor, com o sorriso que se mostra tão feliz e é, ao mesmo tempo, tão ausente de felicidade.
Falta compaixão.
Falta ainda mais vida na minha, para que eu possa dar vida a esses que precisam de novas Estórias.
Na minha humilde historinha de vida, que irá completar vinte e quatro em pouco mais de dois meses, me senti tão sem história, tão sem cor, sem cheiro, sem amor...
Cadê minha fé? não deixei de ter, mas ficou apagada, uma vela com o pavio molhado.
Tenho amigos fortes, muito mais que eu. Uma, luta pela vida de animais, mais precisamente por vidas caninas, tem muito amor pra isso, outro não menor nem tampouco maior, encontrou-se nesse mesmo dia que eu, nessa mesma visita que eu, muito mais forte que eu. E sabe muito melhor que eu.
Ainda não sei o que devo fazer, estou em um momento delicado de pensar, e tomar a decisão certa. Em dois dias meu velho aniversaria, o mesmo da história parecida com a do Daniel. Vou tomar corajem, e mudar dessa PELE VERDE.
Obs.: Deixo meu sincero agradecimento à Flavia, Ruy e outros que
não soube o nome e, fazem parte de pessoas escolhidas por DEUS para amenizar a
dor dessas crianças. E a um amigo, que pouco importa o nome, e se faz presente
nesses momentos da minha vida. Aquele abraço.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Credibilidade.

Estávamos e ainda estamos: Rodrigo Marcomini Santos, Guigo, Gigo, Gigó, Marcomini, Drigo, Driguim e Drigão, também estava o Rô e o Rodrigo, de custume poços de lamentações somos um para o outro. Um é forte, outro nem tanto, ainda o outro pensa mais, enquanto o próximo reflete menos e faz o coração decidir. Tem o grosseiro que não vou dizer quem é dentre eles e, têm também entre eles o gentil, que de tanta gentileza parece não ser daqui. Diria que todos têm uma simpatia comum, que gera socialidade.
O pedreiro, carpinteiro e eletricista é paciente, já o farmaco não tem a mesma com os medicamentos que ele julga curar a gripe. O Motorista é todo respeito, e o que faz todos os esportes possíveis, as vezes perde a cabeça em um jogo de futebol. O que cuida da mente é tão importante quanto o que cuida do físico. Mas um é de tudo: Cientista, Veterinário, Cozinheiro? não... cozinheiro ainda não, mas será um bom fritador de ovos mais a frente. Ainda o mecânico é também encanador, que sofre e não reclama de dor. E a união deles é um tal artista que pinta, que esculpi, que grava, interpreta, faz palhaçada e é político. Nesse espéctro político opõe-se a "DIREITA", sou a favor de reformas liberais quando não mesmo revolucionárias, segundo Norberto Bobbio,(filósofo político, historiador do pensamento político e senador vitalício italiano), "Ser de esquerda é lutar pela igualdade".
Nesse todo, uniram-se. Em alguns meses escrevendo um projeto com boas problemáticas a serem dichavadas por orientações de doutores da arte, que carregam consigo ótima bagagem de experiências e soluções, inscreveu-se no curso de Mestrado que a instituição Estadual Universidade de São Paulo, com sua Escola de Comunicação e Artes oferece para este segundo semestre de 2009. Melhor que eu fale em primeira pessoa. - Eu me inscrevi.
Disciplina: Modos Contemporâneos de Produção de Imagens Poéticas. Coordenada pela Profª Drª Branca Coutinho de Oliveira.
Eis o acaso por fazer nossas vivências se cruzarem.

Não criei ainda esperanças para que eu seja selecionado nessa etapa da minha vida, me sinto neutro e me abdico a qualquer opinião. É só mais uma fase nessa tão cheia de fases, mais uma lição a ser feita, mais e mais e mais...
E além do mais tô feliz, encontrei um sorriso que merece o meu nesse momento, e com a mesma postura a minha fase de estudo, me mantenho neutro, me entrego sem me permitir à mágoa. Estendo meu tapete vermelho, entre e fique a vontade. Vou somar mais alegria. Bom Dia!


segunda-feira, 29 de junho de 2009

Que belo estranho dia para se ter alegria!

Tempos turbulentos se reduz n'um olhar que de tão devagar pára. E diante os seus pés em meio a serração, garoto bom de coração esquece o quão grande pode estar e deixa se levar, pela factídica normalidade estagnada do dia-a-dia. Novos ares em uma semana única, cinco dias de trabalho, baralho, uma jogatina da vida.
No rádio a música deixou de ser o principal, o interesse é do mais banal, se ouve noticias do trânsito da grande metrópole, trocaram a música para se falar do caos excessivo de pessoas em suas cápsulas motorizadas, pelas artérias do grande, Grande e GRANDE monstruoso industrializado: São Paulo.
Anita Malfatti, ouvia esse tipo de coisa no seu rádio? Tarsila do Amaral ouvia ruídos de motor quando ligava seu? Victor Brecheret tenho certeza de que nao ouvia pelo rádio, que havia kilômetros de lentidão, no cruzamento da Ipiranga com a avenida São João, mas certamente pode imaginar que pouco a frente teria coisas estranhas acontecendo como se fosse natural. Suas esculturas carregam um peso dos minutos de hoje.
Os pássaros daquela época podiam ser mais coloridos que os de hoje, mas o que adianta transcender para arte o que ja vemos na nossa natureza? Ir além disso, é o que faz qualquer louco que respira esse mundo medíocre da arte, mas passa, o meu ta passando, passarinho, passageiro de Pasárgada. E passou, os cinco dias já estão nas lembraças, assim como James Brown nessa pegada musical que me falta nos rádios de hoje.
E hoje... ah o hoje, se tornou ontem e me pergunto:
- QUERO ESTAR COM QUEM?


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Anonimato.


Qual é o mundo que deixaremos para os nossos filhos?
Pergunta persistente que vira e mexe me passa aos ouvidos, no entanto, para que a Terra continue sendo terra, areia, mato, água, sendo ar, deveriam fazer uma pergunta o tanto quanto parecida, mas melhor formulada.

Quais são os filhos que deixaremos para o nosso mundo?


Dia desses atrás, nasceu uma vontade de um grupo de jovens, manifestarem seus sentidos, não de uma forma diferente, mas pouco cultuada. Uma pequena união, o desejo de fazer diferença em um momento mesmo que pequeno, fazer diferença.
Juntaram-se, e certamente com o coração, buscaram expor suas alegrias para aqueles que precisavam dessa.
Acredito que nesse dia, que me parece ter sido ontem, dia 25/12/2005 eles fizeram a diferença. A diferença de ser HUMANOS. De doar seus tempos para os tempos dos outros humanos, de dar ouvidos aos que precisavam dizer, de ditar boas falas aos que precisavam ouvir, de mostrar que dentro da boca há sorriso, que encanta, que canta, que espanta a tristeza.
Esses jovens são amigos e me ensinam a cada dia o que é AMIZADE.
São o que podem ser, e quando se juntam são o que não imaginavam ser. São gente lutando por gente, crenças, fé e gentilezas.
Vocês que ganham seus tempos lendo o que tenho a dizer, os convido:
Pratiquem a SOLIDARIEDADE, a caridade, doem-se mesmo que em uma micro parcela de Tempo em suas vidas a estenderem a mão ao próximo, à ajudar quem precisa, a exemplificar o que é ser Humano.

GCEMM - Grupo Consciência do EU por Mim Mesmo.

Gratidão.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Vida Boa.


A flecha e o alvo
a pele fina,
o dia que vai raiá,
os passos juntos,
o caminho!
A vibração da voz,
o vôo do albatroz,
o pouso na pedra
minutos de silêncio [...]
mais voz, {alegria!}
O calor do corpo
junto ao meu copo,
cerveja,
suspiros que paralisam,
e o tempo?
veja:
- temporariamente fora de temporariedade.
Temporal.
Noite, fogueira e sua boca.
areia marcada por nossos passos,
pegadas.
Água salgada nos seus traços.
Início d'uma estória, cúmplices, dígnos e marcados por novas sensações, sentimentalidades [...]
manhã na rede,
suco de abacaxi dela,
meu leite gelado.
olhar de quem durmiu bem.
companhias que me convém,
almofadas no sofá,
bagunça na cozinha,
livros esperando meus olhos,
conversas de botas,
música sempre de fundo,
e no fundo, verde.
Abraço apertado,
no colchão gelado,
FRIO [...]
por tempo determinado.
esperança, sonhos
de olhos abertos,
fechados só são descanso,
momento mágico, incerteza
natureza daquele olhar
espetáculo.
cor do pecado.
jeito bronzeado
a hora certa.
Nenhum trato.
Tapete estendido
aguardo.
ENTRE...
ex-flagelado
apaixonado
mar
A
do seu nome.
Pele fina,
morena minha
.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Música

Outrora
um nariz de peso, do qual têm um som peculiar que poderia ser peça fundamental de uma orquestra sinfônica em picos de congestão nasal. Hoje o som é diferente, som de um pulsar na garganta, o engasgado, o indagável, indigerível.
Som que até a pouco não sei se dexei de ouvir, e isso é música!
Eu tenho todas as músicas do mundo em uma só música, mas de certa forma, não a tenho ainda.
Fico contente quando ainda cedo, seres encontram o que há de bom nessa situação humana. Mas é claro que em meio a reflexões corriqueiras eu penso, e me pergunto: - Será que eu deveria ter virado a esquerda ali atrás?
É certo que tenho muita paciência, mas é fato que as energias acabam e nesse esgotar, vou em busca de uma recarga e, é só deitar os olhos na música e eu volto a ser eu. E atinando para o fato de que a alma humana está sempre percebendo, acabo de perceber que a quero e agora!
Entendi que o silêncio n'uma cápsula móvel traduz a música que se ausenta no momento, que o mundo pode ser a junção das palmas das mãos que se laçam e não se soltam até que o carro páre.
A verdade é que preciso que me apaixone, deixei de acreditar nisso por opção, mas já é hora. Me falta esse fenômeno a mais para que eu produza arte, para que eu sinta mais a música.
Música, música, musicista.
Ela me faz bem, tem corpo feminino, vóz que eu ouço pelo tato, me enibe rúidos, isola estardalhaços, um bom papo, me apresentou a Sala São Paulo, me faz calar.
Música por favor.



Gratidão
Cherrie.



ao som de Jamiroquai - corner of the earth





terça-feira, 19 de maio de 2009

Nariz, nariz, e nariz.

Nariz, nariz, e nariz,
Nariz, que nunca se acaba;
Nariz, que se ele desaba,
Fará o mundo infeliz;
Nariz, que Newton não quis
Descrever-lhe a diagonal;
Nariz de massa infernal,
Que, se o cálculo não erra,
Posto entre o Sol e a Terra,
Faria eclipse total!

Manuel Maria de Barbosa l’Hedois du Bocage

quarta-feira, 13 de maio de 2009

segunda-feira, 4 de maio de 2009

100 m³

Chegue perto, mais perto.
Cheguem mais perto do que quero lhes dizeres, chegue aqui, mas perto do texto que está lendo, mais perto da minha vontade de colocar-lhes próximo o suficiente, para sentir a espessura da forma de uma frase que pesa, sentir o cheiro da fonte, o gosto do tipo, tipografado, tipo engarrafado num litro de vidro, garrafa de cerveja que contém tubaína.
Bem mais perto do que consiga, chegue milímitros de distância, mas o suficiente[mente] para que o foco não se perda, chegue dentro da letra, sente-se na que prefirir. A letra U parece ser tão agradável para um repouso, um cochilo. O b, um banco macio. Escolha a sua, sente-se, deite-se, sinta-se à vontade.
Sou participante, candidato, concorrente, somos só mais um dos padrões de um ser humano. Todos temos dois olhos, duas orelhas, uma boca, um nariz, e ainda assim há quem se faz mais feliz. Éramos tão iguais quando alguém nos pintou, e a obra era tão verdadeira que deixamos de ser pintura, fizemos a mistura, e por mais que fôssemos todos iguais, tornamo-nos tão diferentes. Fenomenologicamente isso é ótimo, então minha fenomenologia da imaginção é ainda melhor.
N`um forte gesto com o pincel de cerdas largas e encharcado de tinta ócre se explode na tela esticada, como uma apunhalada sem que atravesse a corporeidade do campo. E o que vai surgir dessa pintura? Se é que pode se chamar de pintura tentar traduzir visualmente algum sentimento.
Cândido Portinari, fez muito bem na sua tradução do volume para um campo visual, do peso, da força.
Pintar o vento, colorir uma gargalhada, expressar pictóricamente uma súplica, pintar o prazer, pintar a anciedade, a fome, o desgosto, a sensação, que cor tem um sentimento de vitória?
Vou pintar minha janta, mas não pretendo pintar o feijão, o arroz, vou pintar o gosto que vem depois. Vou pintar o peso de uma semente de flor de liz. A satisfação de uma amizade, o grito de uma torcida. A sede saciável. O arder de um prazer.
Chegue perto, bem mais perto.
Vou pintar o seu nariz.

domingo, 26 de abril de 2009

Ausência

SUBSTANTIVO FEMININO - Afastamento, falta de presença: constatar, notar uma ausência.
Fig. Inexistência, carência: ausência de qualquer critério. / Distração, perda da memória: ter ausências.
Estado ou circunstância de não estar presente.

SUBSTANTIVO FEMININO. Ela me faz falta.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um neurônio macho.

Que curiosidade é essa de querer saber quem vou encontrar, fazendo o quê, e o que têm nos banheiros de postos de serviços nas estradas do Brasil. De onde sai essa curiosidade? Mas como não sou de me sentir inferior, inverti os papéis da minha reflexão inútil.
Curiosidade sentem elas!!!
Nem imaginam como são os banheiros masculinos desses postos de estrada, passam longe de uma visão a grosso modo, de que tem pia com sabonete líquido, mictório coletivo, uma cabine com privada para os mais necessitados...puff
As que ousaram matar a curiosidade viram algumas nafitalinas em uns.
Mas vou tentar ajudar vocês gatinhas, rs a pensar um pouco mais num universo masculino (coisa de macho).
Primeira coisa a se notar quando se entra num desses banheiros de postos destinados aos homens, é pelo nariz. Sim, cada um tem um cheiro diferente, os mais limpos, que com certeza se econtram nos postos mais modernos, tem perfumes agradáveis de limpeza, flores do campo, algo do tipo, para que se mije em paz. Você encontra umas plantinhas decorando, o teto é mais alto, os espelhos cercam todo o espaço do recinto, os mictórios estão sempre limpos, são modernos, se posicionam numa boa altura a ponto do jato de urina não espirrar nas pernas, nesses jamais passaram nafitalinas, tem uma estrutura de plastico, como se fosse um crochê perfumado, o detector de presença aciona a descarga automaticamente, assim que o mijão se afasta do mictório, alguns desses, fazem anuncios visuais de forma inteligênte em cima desses "santuários" do mijo, inteligêntes porque de fato o malandro ali mijando, se atenta demais com qualquer coisa inútil. Ele brinca de acertar a nafitalina, jogando ela de um lado para o outro, e nesses mictórios coletivos, que são cumpridos feito cocheiras de porco, nesses mando longe a balinha, e ainda comemoro quando acerto ela no ralo.
Curioso são os que tem gelo, também desconheço a ação do gelo pro macho mijar, penso que seja por causa do choque térmico da urina que é quente quando em contato com o gelo, exala um odor menor, sei lá, evitando o cheiro de macho sujo nos banheiros mais comuns de postos menos favoraveis.
Na verdade acredito que seja pros caras ali se distrarirem mesmo, escupindo o gelo com qualquer forma que lhe convir.
Nesses se econtra de tudo, menos aparência limpa, tem pentelho por volta de toda privada, cuspe na tampa, dezenas de pichações, até versinhos do tipo: "Por enquanto que você está cagando, tem um japonês estudando". Aí o cara pensa: -Nossa, deve ter barata aqui.(puff). Nem barata aparece num banheiro desses.
Enquanto que nos bons banheiros, tem até ajudante. É ajudante, fica um senhor parado na porta daquele banheiro gigante, em repouso, fica lá, aguardando alguém chamar eu acho. Pra mim aquele tiozinho é ajudante, o que faria um senhor parado na porta de um banheiro chicpra macho mijar e cagar? seguraria a bolsa de alguém? ele fica ali a espera de um machão gritar: - Senhor, como funciona essa porra aqui?? e ele vai até o chucro mostrar o que ele jamais viu, que pra secar as mãos é só encostá-las perto do vapor, que se acionará automaticamente, soprando um forte vento de calor por debaixo do aparelho fixado na parede.
Se eu continuar falando os 80% das coisas que ainda faltam, estarei desonrando a raça masculina.
Enfim, acho que consegui deixá-las mais curiosas a respeito do banheiro masculino do que eu próprio em relação aos banheiros femininos...
Será que alguma aí poderia me convidar pra ir ao banheiro com você?



Nada a temer, nada a fazer.

Não entenderia, quando ainda um rapaizinho marrento que escondia a chupeta na fronha do travesseiro, ouvia de seus criadores pra se preparar que alguém iria morrer.
Como assim?
Se preparar pra morte de alguém? Como, ainda rapaizinho entenderia esse jeito de se preparar pra transição espiritual de outro alguém? Se preparar pra danada da morte...
Me conformava, mas nem entender a morte eu entendia. Achava ela um menino como eu, só que vestido de preto.
Gosto do preto, do crú, da ausência de brilho nele, da falta de reflexo. Para mim a morte é um menino ainda, e vestida de preto e sorriso, sorrindo...
Fiquei homem, marrento ainda, de coração duro, que sabe sim a quem dar os verdadeiros valores da vida, para que o menino de preto e sorriso, as leve na hora certa.
Homem importante na minha vida, me deixou hoje e todos que o amam, homem "antigo", de princípios antigos, de filosofia boa e marrenta... é, marrenta como o que vê a morte um menino de preto e sorriso.
Que Deus o tenha!
Apaixonado pelo verdadeiro amor, acredito que pediu a Deus para ir, ter com seu verdadeiro amor que também partiu nesse caminho à dois meses atrás.
Fez suas malas...




Obra: "sem título"
gravura em metal
24x33cm
2007
Marcomini

terça-feira, 31 de março de 2009

O Pintor e o Mar

Com os olhos banhados d'água, ele suplicafava: - fica!
Tarde demais, ela foi embora. Mesmo ofertando tudo e não pedindo nada - fica! Tarde demais, ela foi embora. Mas o tempo sabe bem o que fazer: deixar a chuva lavar pra escorrer daquela pele, todo lodo e fébre. Mas o tempo sabe bem como curar a ferida que ensiste em sangrar, mas vai FECHAR!
E na madrugada fria ela deixa de ser cega e enxerga. Tarde demais, ele já não a espera.
E olhando-se no espelho só resta o lamento, meu Deus, foi tarde demais, ele partiu com o tempo. Mas o tempo soube bem o que fazer, deixou a chuva lavar pra escorrer daquela pele todo o lodo e fébre. Pois o tempo soube bem como curar a ferida que nunca mais vai sangrar, fechada está.
E nesse dia então o mundo pode perceber, que foi tarde demais, pra ela se arrepender.
E nesse dia então o mundo pode perceber, que foi tarde demais, pra ela se arrepender!

E ainda com os olhos banhados d'água ele pintava o mar. Aquela que vem do mar.
Ruínas.



obra: "Laço" 2006
acrílica s/ tela
90 x 110 cm
Marcomini


segunda-feira, 30 de março de 2009

De Água e Óleo - p1

Em reflexão sobre o visível, o mundo e o ser, poucos são aqueles que desde o ínicio entrelaçam suas investigações com os modos de se ver uma pintura, e de ser levado por ela.

obra: "De Água e Óleo" p1
óleo s/ tela

100 x 120 cm
março de 2008
Marcomini

De Água e Óleo - p2


obra: "De Água e Óleo" - tríptico p2
óleo s/ tela
100 x 120 cm
março de 2008
Marcomini

De Água e Óleo - p3

Se em meu trabalho passo a isolar um dado perceptível, como por exemplo tratar a construção da luminosidade como um dado sensível sem que haja uma impressão de figura sobre um fundo, torno-o inconcebível, e ativá-lo exige no mínimo a experiência mental de percebê-la e isso a tornará qualquer coisa,ou NADA.
obra: "De Água e Óleo" - tríptico p3
óleo s/ tela
100 x 120 cm
março de 2008
Marcomini

De Água e Óleo



Uma obra de ARTE - antes de se materializar em um quadro, um livro, um filme... - é uma ideia. E ideias não obedecem a fronteiras, ou seja, não obedecem a um único formato ao linguagem.

Este trabalho, em seu processo de criação, valeu-se da ideia de tornar visível por meio pictórico o que há de sensível. O que quero dizer é que seja sensível não tão somente a percepção visual, mas sim o sensível desencadeador da multiplicidade de dados sensoriais.

Esse caminho de uma pesquisa em arte, concretiza uma obra, concretiza De Água e Óleo, que em sua essência se engendra além de uma pintura e pressupõem uma liberdade de olhar, de perceber, uma liberdade de mão-dupla: tanto minha como criador (que toma novas proporções e possibilidades na medida em que as construo, mantendo sempre o foco), como de quem vê, para tentar apreender a obra em sua plenitude de significados, superando quaisquer rótulos e categorias preestabelecidas.

obra: "De Água e Óleo" - tríptico
óleo s/ tela
100 x 120 cm (cada tela)
360 x 100 cm - dimensão total.
março de 2008
Marcomini

domingo, 22 de março de 2009

Maldita e EU.

Vamos, me diga quem é
senão entra no cambito
Disse a visão: Sou a alma
expulsa de Deus bendito
que tu mandado por ele
me resgatou do maldito.

Então eu disse: E foi você
que ganhei de Lúcifer?
Disse a visão: Foi eu mesmo
faço o que lhe convier.
- Sendo assim vamos embora,
viver como se pode.

O diabo já me disse
que estou no seu caderno
sendo assim eu nem vou perto
das graças do Deus eterno.
Porém se Deus der o fora
iremos para o inferno.
Dizendo isso parti
com a alma em companhia
não deixava a companheira
em toda parte que ia.
A alma da mesma forma
não me deixava um só dia.

Até quando vi o dia
da minha consumação.
Deixei a vida terrestre
e subi a Santa Mansão
para ser visto no Céu
do santo Deus de Abraão.

Porém chegando no Céu
não pude alcançar vitória
porque São Pedro me disse:
Tu estás fora da glória
aqui no Céu está escrito
Os crimes da tua história.

O desprezo que me deste
está escrito no caderno,
vai procurar teu refúgio
nos vacos tristes do inferno,
não faz o que tu fizestes
quem quer o bem do Eterno.

Eu juntei a companheira
e disse: Vamos regressar,
estou ciente que nó Céu
não querem nos colocar,
porém numa parte dessa
Haveremos de ficar.

Nessa terra de ninguém
alma e eu só espera o Amém.

Adaptação minha, de um dos cordeis de Manoel Cabloco.
obra: "Maldita" P.A.
xilogravura
42 x 30 cm
Marcomini



segunda-feira, 16 de março de 2009

O cabo da foice.

Maior parte do meu tempo, vivo no trabalho. E de fato, vivo mesmo, hora to de bem, hora mordo os dentes, do risada, fico nervoso, tenho direito em ficar, assim como os dois cães quem vivem lá ficam quando eu os provoco. E algo me fez pensar por demais:

Encontrei um erro num trabalho (de comunicação visual) institucional, do qual eu criei, e só o encontrei em sua última fase antes de ser entregue aos solicitantes.

Aquilo me engasgou de tal forma, que suava frio, doía na boca do estômago, calafrio me subia pelas pernas, fiquei pálido feito freira... frio como um peixe e com olhos saltados de um também.

Eu poderia evitar esse erro, assumindo, pondo minha cabeça a prêmio, evitando antes de ser entregue e arcando com o prejuízo... sim o [pré] juízo! (final)

Muitos compram meu serviço, o direito desses quem compram, é ter seu trabalho bem feito.

Eu errei, me calei, apostei no nada que alguém veria esse erro, deixei que as águas desse março o levasse. Mas o que senti quando me forcei a calar, foi a primeira experiência no auge dos meus vinte e poucos anos; calar-me quando seria a o primeiro a gritar.

Um médico, não tem o direito de errar. Um piloto de aeronave, também não tem esse direito. Erros deles, podem roubar o direito de vida de outros tantos. Motoristas se erram, roubam muitas das vezes outros direitos. Na verdade, ninguém pode errar, o mundo cobra isso o tempo todo de todo mundo, que não errem.

Mas não sou médico, nem piloto. Eu conceituo no meu erro, o torno acerto mesmo ele tendo nascido d`um suposto erro, eu o mudo, e ele fica mudo. Eu vou mais fundo nele, o escondo, ou evidêncio ainda mais. E ele aparece, desaparece... eu faço indagar, questiono e convido os de fora a questionar se o que é o erro, o que é errado, o exponho como arrependimento, o valorizo, ponho-o invisivél.

Meu mundo é mais leve, meu erro na profissão não é erro, talvez não seja acerto. Lembre-se que estou dissertanto sobre meu trabalho.

Sou artista plástico, sou cigano... eu engano.


Seria mais fácil ter trocado o MC pelo certo CH antes do .com.


segunda-feira, 2 de março de 2009

No pé do morro escuro.


Boa noite.
Por mais que eu não seja um rapaz da noite, é nas noites em que os melhores eventos acontecem em São Paulo e me arriscaria a dizer que no mundo. É nas noites que a raça humana deixa um mundo estereotipado, veste-se d'uma máscara que melhor lhe cabe para cada ocasião, amigo meu custuma dizer que à noite os gatos são pardos, e nessas noites o mundo parece se tornar mágico.
Pessoas são o que não são de verdade, outras são além da realidade e ainda outras não são.
Eu ainda prefiro durmir durante a noite, os raios da luz solar me movem, mas ainda por mais que eu me abdique das noites, não há Cristo que resista a curiosidade que traz uma noite. E eu, muito curioso, acabo por me entregar.
Uma semana após o Carnaval, grande movimento popular, pluralizado folclóricamente, invejado pelo mundo, me induzi a essa masturbação reflexiva, de que ponto eu cheguei na minha vida? Quais os meus desejos? Minhas metas? minhas ângustias talvez? o que pretendo com meu futuro e com o mundo à minha volta? Que sinístro isso!
A cada passo, pessoas, essas que adoram a noite, que as vezes passam uma semana inteira esperando pela noite de um certo dia, de um certo mês... A cada passo, todos notam sua maturidade, suas vivências fazendo a diferença na hora em que mais precisam se salientar. Aí percebe-se que as pessoas que se relacionam com você, são atraídas pela energia que você transmite, e com o tempo, com mais idade suas amizades começam a se fechar, os velhos amigos se compactam num espaço de boas lembranças, aumentam as vontades de mudar tudo na sua vida ao mesmo tempo que, nada dá pra mudar tão fácil assim.
Alguns arrependimentos, outras tantas desilusões, um punhado de sorriso e a vida continua sendo a mesma... quando na verdade ja mudou tanto e o mesmo ainda é você.
E em meio a essa vontade de expor tudo que meu coração sopra, chega a perder o nexo, não se entende bem o objetivo desse pequeno texto, e por quê ele deveria ser entendível?
Esse espaço fui eu quem criei, tenho direito de escrever e propor o subjetivo da forma que melhor me convém.
Assim que são as pessoas nas noites, incertas, alucinadas, máscaradas... sinceras!
São seus mais profundos demônios à pertubar suas idéias. Por isso, cuidado com as noites no âmbito social.
E nessa noite de segunda-feira, pósto este texto...
Boa noite.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Hoje fotografei o infinito

Silêncio por favor.


Enquanto esqueço um pouco a dor, desses últimos dias difíceis que, nem eu acredito que sou eu.


Não digo nada sobre meus defeitos, pra você eles não vão existir, nem pra mim. Já nem me lembro mais quem me deixou assim e ontem, eu quis apenas uma pausa no tempo, esquecer desses últimos dias difíceis e olhar as meninas, as meninas e as meninas, e nada mais. Um certo amor descontraído, que me solta os sorrisos, e não preciso me esconder, olhar escondido, perceber despercebido, disfarçar o acontecido.


Quem sabe de tudo, não fale. Quem não sabe nada, se cale. Porque hoje, por conta de ontem eu quero pintar, desenhar, me apropriar do infinito. Hoje eu vou fazer, do meu jeito eu vou fazer minha fuga para o infinito.


Sou livre do amor, não tenho um... Não que eu sáiba. Faço das coisas que acho propício se tornar amor pra mim.


Soltar pipa, descer a rua com meu carrinho nos pés, lavar o carro com mangueira na garagem em dia de feira, tomar caldo de cana e passar no mercadinho descalço no asfalto quente, encontrar velhos amigos, e depois os novos amigos. Sentar na calçada, correr atrás da pipa mandada, olhar pro horizonte depois de comer uma pratada no almoço. Lavar o quintal e o tênis sujo de terra, subir na laje e avistar a favela.


Esquecer o lado triste da vida e olhar as meninas, esquecer o que se tem por trás dos olhos, e olhar as meninas, tê-las nos braços e nada mais. Pintei o infinito, e traçei meu caminho.



obra: Sem título
acrílica s/ papel alto alvura 240g
42 x 68 cm
abril de 2007
Marcomini





segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

um olhar...ou muitos?

Dia desses me peguei pensando o que se precisa pra fazer arte...

Então pensei, precisa-se de coragem, precisa-se de liberdade, é... Liberdade!

E então nasce um amor, que precisa ser amado.

Para se amar um artista tem que saber ser livre.
Não falo do amor livre, aquele desvairado em que nada importa, em que corpos e bocas diversas fazem parte de tudo sem mesmo fazer parte de nada. Não é desse que falo. Absolutamente também não falo de amor livre desses que quase já não há amor. Aquele que as pessoas fingem se amar fingem se importar, mas na verdade não.
Olham para o lado sempre a procura de algo melhor e sofrem por dentro por não saber o que procurar.
Não é desse amor que falo.
Na verdade nem quero dizer nada sobre amor livre. Não é o amor que deve ser livre. Nós temos que ser livres.
E ser livre não significa ser rebelde, adverso, descompromissado ou desinteressado. Ser livre não significa fazer o que acha que deveria para parecer independente. Ser livre não significa agir inconsequentemente sem se preocupar com o que o outro sente, com o que o outro pensa, com que o outro precisa. Ser livre não é estar ausente.
Aliás, acho que esse é um dos maiores desafios da liberdade: estar presente. (contraditório) pessoas dizem que sou.
Porque pra você ser livre você tem que entender o mundo, a diversidade dos sentimentos, a diversidade de pessoas, a diversidade de idéias e opiniões.
Você tem que fazer suas escolhas sem ferir as alheias, sem prender, sem forçar, sem dominar.
Ser livre não é estar no topo, é estar. Apenas. Em qualquer lugar... me entende?
E pra se amar de verdade um artista é preciso entender que nada é o que parece, que as coisas mudam e quem nem sempre dão certo. É preciso entender que sonhos podem virar realidade - nem que seja somente na ponta do lápis - mas que nem sempre esses sonhos são reais. Podem ser só sonhos do artista. É preciso entender que as horas passam, os dias passam, os anos passam e ele vai estar sempre lá, apaixonado pelo trabalho (que vai ser o único amante verdadeiro de sua vida).
Por esse motivo o artista ama seu trabalho: porque é livre.
Para se amar um artista é preciso olhar com atenção e se deixar ser olhado.
É preciso estar só e deixar só - sem realmente estar em ambos os momentos. É preciso criar: rotinas dentro do caos, novas histórias dentro da história, motivos pra amar, espaços pra viver.
É estar lá e saber que o artista também vai estar. É sentir e saber que o artista também vai sentir. É amar e saber que o artista também vai amar. Sem necessariamente ele ter que provar isso a todo o momento.
As provas de amor de um artista vêm através de sua arte. O quanto mais ele ama, mais ele se sente criador.
Não que o artista não crie também quando está triste ou desamado - mas aí é quando o amor próprio fala.
Ele às vezes vai parecer distante, às vezes vai parecer frio, às vezes vai parecer triste... e não vai ser por sua causa. O artista sofre sozinho, de sua própria criação.
Ele às vezes vai parecer animado, às vezes vai parecer eufórico, às vezes vai parecer feliz. Aproveite sempre esses momentos com ele.
Mas não quero dizer com tudo isso que amar um artista é uma entrega solitária. Ele também vai te amar e te agradar, e te respeitar: se você for livre.
Livre pra amar seu jeito desconexo. Livre pra entender suas ausências. Livre pra admirar suas criações. Livre pra controlar o ciúme. Livre pra se ausentar sem jogos. Livre pra viver sem amarras. Livre pra amar sem medo.
Livre sem medo de ser amado da forma que ele souber amar.
Para se amar um artista tem que se entender que o amor é livre, sem necessariamente ser o amor livre desvairado ou o amor livre desinteressado.
O amor é livre, pois é pessoal, individual e intransferível. É variável dentro de uma mesma forma e simples o suficiente para assustar.
Para se amar um artista tem que saber que não importa o que acontecer, se você for digno de receber amor (qualquer tipo de amor) ele será seu.
Inevitavelmente.
Pode parecer complicado, muitas regras, muitos problemas... Mas não, não é assim.
A grande questão que você precisa saber responder para saber se pode ou não
amar um artista é:

Você sabe ser livre?


Se a resposta for não, eu sinto muito.
Se a resposta for sim, então apenas te informo que, se você for realmente livre, o artista te amará antes que você o ame. E não há como não amar um artista apaixonado.
Pensando bem, posso estar sendo extremamente pretensioso... Mas não falo simplesmente por mim, falo pelos que tem instinto de artista... porque se tem instinto, já são artistas!




No Caminho, com Maiakovski

Na primeira noite eles se aproximam,
e roubam uma flor de nosso jardim,
e não dizemos nada.
Na segunda noite já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz,
E, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Pisando em praça de guerra.


Não estou querendo me passar por repórter, nem tão pouco por um cidadão que tem compromissos com assuntos onde humanos parecem créditos de um jogo eletrônico, quanto mais morre, mais se ganha ponto.
Não tenho pretensão alguma de tocar corações expondo minhas idéias com este texto, e muito menos me passar por um ser humano que se importa com gente inocente morrendo a troco de estatus entre quadrilhas de assassinos.
Estou aqui puro e simplesmente questionando, em vóz alta, que porra de guerra é essa? ah?
Acompanho no blog do estadão e do uol, pessoas discutindo o motivo dessa monstruosidade, expondo seus conhecimentos sobre a religiosidade daquela gente, o porquê uma israel tão poderosa em termos de armamentos e peparo de "guerrilheiros" com sangue nos olhos enfrentam um grupinho menor que os moradores de Pirituba...Alguém conhece Pirituba? bairro aqui de São Paulo, conhecem?
Hoje, dia 19 de janeiro de 2009 o grupo palestino concordou trégua de 1 semana com Israel. Uma semana de trégua, uma semana para que os civis da cidade de gaza planejem novos esconderijos, planejem suas fugas do inferno que está acontecendo por lá.... uma semana de trégua pra voltarem a se matar, voltarem a espalhar dor, e ódio e toda energia ruim e pesada por pessoas inocentes que até agora eu, particularmente eu, com toda a minha ignorância e falta de interesse de saber por que essa guerra está acontencendo... Eu no meu mundo fantasiado e puro, pouco me importa saber o motivo dessa pouca vergonha entre uma raça de doer.... essa raça de humano!
A única coisa que eu queria dizer aqui, é que me dói ver isso acontecer no mundo, nesse mundo onde todo mundo é gente e se diferenciam a todo o tempo, uma raça que é a mesma raça e não consegue ver semelhança no próximo, que separam por fronteiras, continuações do mesmo pedaço de terra.
Uma gente burra, que por não falar a mesma língua, pouco importa o que o outro pensa...
Eu só queria dizer que animais brigam por não terem uma linguagem entendivel.

Se você enxergasse o meu samba.


O meu samba, vai curar teu abandono,
O meu samba, vai te acordar do sono...
Meu samba não quer ver você tão triste,
Meu samba vai curar a dor que existe.
Meu samba vai fazer ela dançar...
É o samba certo pra você cantar.
Meu samba, é de vida e não de morte.
Meu samba, vem pra cá e trás a sorte
e celebra tudo o que é bonito,
Meu samba não despreza o esquisito,
Meu samba vai tocar no infinito,
Meu samba é de posse e não de grito,
Meu samba, defende com alegria, deixe que a noite vadia vai saber lhe coroar...
Deixo entregue aos bambas de verdade,
Que estão nos morros da cidade,
Peço a benção pra passar.
Deixo entregue aos bambas de verdade,
Que estão nos morros da cidade,
Peço a benção pra passar...

domingo, 11 de janeiro de 2009

Um mundo pequeno.

Quando era mais pirralho, desenhava água com rosto, que era amiga do fogo e esse não queimava, e nem se apagava por abraçar a água, todos que viam meu desenho achavam engraçadinho, e pra mim, aquilo era de verdade.... Cresci e venho me tornando o homem mais razoável. Falo de trabalho, de dinheiro, política, futebol, em rodas de "homens" falo de mulheres, isso me torna muito razoável, mas preferia a minha época em que a água abraçava o fogo.
Meu mundo era pequeno e era o bastante. Hoje me cobram um mundo grande, e de tão grande é tão superficial.
O soldado vive para morrer como herói, vive pra morrer. Não que isso seja diferente do resto dos humanos, mas o soldado só espera da vida, a morte.
Tudo muda com novas experiências, e o ser humano vai se tornando homem por suas experiências, e se conhecer algum que não sáiba mentir, não é humano.
Será que dá pra ter idéia do que é a Terra?
E eu, não sou soldado, e o que espero da minha vida?
Voltar a ter meu mundo pequeno, com uma porção pequena de bons amigos, talvez um punhado de filhos pra deixar de ser tão razoável assim, aí eu vou perder minhas estribeiras, voltar a viver sem fronteiras, num mundo tão pequeno não preciso dividir meu espaço, vou ser palhaço.
O que quero é um mundo pequeno.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ela apareceu aqui.

.

E tudo volta ao normal...
Primeiro e não segundo dia do novo ano que o cidadão volta as suas atividades de custume. Se desenrola de um envólucro nostálgico que teve em sua noite mau durmida e joga água fria em sua cara às 5:30 da manhã.
É... voltei ao que talvez considere "essência" no meu existir. Sigo pelo mesmo caminho, olho para o mesmo lado, acelero naquela rua, aquela... e dirijo como de custume, o caos não está tão caos assim, a ansiedade já não é tão anciosa assim. Deve ser por procurar um novo caminho no caminho que já existe.
O Sol, atrás do dia nublado começa a borra no horizonte interrompido por arranha-céus, sígno. E volto outra vez.... para ir logo mais e voltar logo.
E antes de cochar meu leito, meu olhar se atrai pela dura imagem de encarar meus pés vestidos por meias amarelas.
O que leva um cara a ter um par de meias amarelas?

domingo, 4 de janeiro de 2009

Om (ॐ)


O Om (ॐ) é o mantra mais importante do hinduísmo e outras religiões, considerado o corpo sonoro do "Absoluto" é o som do infinito e a semente que fecunda os outros mantras.

O Om começa com a boca aberta, emitindo um som mais parecido com um (a), mantendo a língua colada no fundo da boca e a garganta relaxada. O som nasce no centro do crânio, se projeta para frente e vibra na garganta e no peito. Após alguns segundos de vocalização, a língua deve recolher-se para trás. Assim, aquele som similar ao (a), se transforma numa espécie de (o) aberto, que vai fechando progressivamente.

No final, sem fechar a boca, a língua bloqueia a passagem de ar pela garganta e o som se transforma em um (m), que em verdade não é exatamente um (m), mas uma nasalização. Esta nasalização se chama anunásika em sânscrito, que significa literalmente com o nariz, e deriva da palavra násika, nariz. Mais claro, impossível. Em verdade, o mantra poderia grafar-se Aoõ. Neste ponto, o ar sai pelas narinas e o som vibra com mais intensidade no crânio. Aconselha-se que se treine colocando uma mão no peito e a outra na testa para perceber como a vibração vai subindo conforme o mantra evolui.

Porém, se você prestar atenção à vibração que acontece durante a vocalização, perceberá que ao emitir a letra (o) inicial (que começa como um a), a nasalização do (m) já está contida nela. Ou seja, é um som que se faz com o nariz, e não uma letra (m). Ao perseverar na vocalização, sente-se nitidamente que a vibração se origina no centro da cabeça e vai expandindo até abranger o tórax e o resto do corpo. resumindo, o Om começa com a boca aberta e termina com ela entreaberta.

Om é a vibração primordial, o som do qual emana o Universo, a substância essencial que constitui todos os outros mantras, sendo o mais poderoso de todos eles. Ele é o gérmem, a raiz de todos os sons da natureza.

E assim inicia-se também este blog, como um som, um gesto, um ato de expor minhas idéias, minhas inquietações, minhas angústias, um compromisso comigo mesmo por meio dessa ferramenta de comunicação "moderna", onde minha voz em letras alcança grandes distâncias, é como ter o poder de falar para o mundo e não à uma pequena roda de amigos dentro de um bar qualquer. Decisão de criar essa sala por um conselho de um novo amigo, uma pessoa que talvez só tenha passado na minha vida pra somar um pouco mais de vida em mim, ou ainda mais, uma pessoa que pode ainda fazer parte por muito tempo.

Pessoa essa que num papo curto, dentro d`um barquinho de pescador cercado por água e mais água salgada, entre olhares compenetrantes e atentos um ao outro, no caminho de volta e com um sentimento de plena satisfação de termos alcançado o que fomos buscar, de certa forma parecidos, mais cada um no seu jeito, a seu modo em 7 dias isolados da babilônia se fez uma pergunta. Pergunta simples, mas com uma força sem igual:

Drigão, você gosta de escrever?

(...)


Prazer te conhecer muleque firmeza!

Alberto Geraissate Paranhos Oliveira, vulgo Beto


Gratidão