segunda-feira, 29 de junho de 2009

Que belo estranho dia para se ter alegria!

Tempos turbulentos se reduz n'um olhar que de tão devagar pára. E diante os seus pés em meio a serração, garoto bom de coração esquece o quão grande pode estar e deixa se levar, pela factídica normalidade estagnada do dia-a-dia. Novos ares em uma semana única, cinco dias de trabalho, baralho, uma jogatina da vida.
No rádio a música deixou de ser o principal, o interesse é do mais banal, se ouve noticias do trânsito da grande metrópole, trocaram a música para se falar do caos excessivo de pessoas em suas cápsulas motorizadas, pelas artérias do grande, Grande e GRANDE monstruoso industrializado: São Paulo.
Anita Malfatti, ouvia esse tipo de coisa no seu rádio? Tarsila do Amaral ouvia ruídos de motor quando ligava seu? Victor Brecheret tenho certeza de que nao ouvia pelo rádio, que havia kilômetros de lentidão, no cruzamento da Ipiranga com a avenida São João, mas certamente pode imaginar que pouco a frente teria coisas estranhas acontecendo como se fosse natural. Suas esculturas carregam um peso dos minutos de hoje.
Os pássaros daquela época podiam ser mais coloridos que os de hoje, mas o que adianta transcender para arte o que ja vemos na nossa natureza? Ir além disso, é o que faz qualquer louco que respira esse mundo medíocre da arte, mas passa, o meu ta passando, passarinho, passageiro de Pasárgada. E passou, os cinco dias já estão nas lembraças, assim como James Brown nessa pegada musical que me falta nos rádios de hoje.
E hoje... ah o hoje, se tornou ontem e me pergunto:
- QUERO ESTAR COM QUEM?


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Anonimato.


Qual é o mundo que deixaremos para os nossos filhos?
Pergunta persistente que vira e mexe me passa aos ouvidos, no entanto, para que a Terra continue sendo terra, areia, mato, água, sendo ar, deveriam fazer uma pergunta o tanto quanto parecida, mas melhor formulada.

Quais são os filhos que deixaremos para o nosso mundo?


Dia desses atrás, nasceu uma vontade de um grupo de jovens, manifestarem seus sentidos, não de uma forma diferente, mas pouco cultuada. Uma pequena união, o desejo de fazer diferença em um momento mesmo que pequeno, fazer diferença.
Juntaram-se, e certamente com o coração, buscaram expor suas alegrias para aqueles que precisavam dessa.
Acredito que nesse dia, que me parece ter sido ontem, dia 25/12/2005 eles fizeram a diferença. A diferença de ser HUMANOS. De doar seus tempos para os tempos dos outros humanos, de dar ouvidos aos que precisavam dizer, de ditar boas falas aos que precisavam ouvir, de mostrar que dentro da boca há sorriso, que encanta, que canta, que espanta a tristeza.
Esses jovens são amigos e me ensinam a cada dia o que é AMIZADE.
São o que podem ser, e quando se juntam são o que não imaginavam ser. São gente lutando por gente, crenças, fé e gentilezas.
Vocês que ganham seus tempos lendo o que tenho a dizer, os convido:
Pratiquem a SOLIDARIEDADE, a caridade, doem-se mesmo que em uma micro parcela de Tempo em suas vidas a estenderem a mão ao próximo, à ajudar quem precisa, a exemplificar o que é ser Humano.

GCEMM - Grupo Consciência do EU por Mim Mesmo.

Gratidão.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Vida Boa.


A flecha e o alvo
a pele fina,
o dia que vai raiá,
os passos juntos,
o caminho!
A vibração da voz,
o vôo do albatroz,
o pouso na pedra
minutos de silêncio [...]
mais voz, {alegria!}
O calor do corpo
junto ao meu copo,
cerveja,
suspiros que paralisam,
e o tempo?
veja:
- temporariamente fora de temporariedade.
Temporal.
Noite, fogueira e sua boca.
areia marcada por nossos passos,
pegadas.
Água salgada nos seus traços.
Início d'uma estória, cúmplices, dígnos e marcados por novas sensações, sentimentalidades [...]
manhã na rede,
suco de abacaxi dela,
meu leite gelado.
olhar de quem durmiu bem.
companhias que me convém,
almofadas no sofá,
bagunça na cozinha,
livros esperando meus olhos,
conversas de botas,
música sempre de fundo,
e no fundo, verde.
Abraço apertado,
no colchão gelado,
FRIO [...]
por tempo determinado.
esperança, sonhos
de olhos abertos,
fechados só são descanso,
momento mágico, incerteza
natureza daquele olhar
espetáculo.
cor do pecado.
jeito bronzeado
a hora certa.
Nenhum trato.
Tapete estendido
aguardo.
ENTRE...
ex-flagelado
apaixonado
mar
A
do seu nome.
Pele fina,
morena minha
.