domingo, 11 de janeiro de 2009

Um mundo pequeno.

Quando era mais pirralho, desenhava água com rosto, que era amiga do fogo e esse não queimava, e nem se apagava por abraçar a água, todos que viam meu desenho achavam engraçadinho, e pra mim, aquilo era de verdade.... Cresci e venho me tornando o homem mais razoável. Falo de trabalho, de dinheiro, política, futebol, em rodas de "homens" falo de mulheres, isso me torna muito razoável, mas preferia a minha época em que a água abraçava o fogo.
Meu mundo era pequeno e era o bastante. Hoje me cobram um mundo grande, e de tão grande é tão superficial.
O soldado vive para morrer como herói, vive pra morrer. Não que isso seja diferente do resto dos humanos, mas o soldado só espera da vida, a morte.
Tudo muda com novas experiências, e o ser humano vai se tornando homem por suas experiências, e se conhecer algum que não sáiba mentir, não é humano.
Será que dá pra ter idéia do que é a Terra?
E eu, não sou soldado, e o que espero da minha vida?
Voltar a ter meu mundo pequeno, com uma porção pequena de bons amigos, talvez um punhado de filhos pra deixar de ser tão razoável assim, aí eu vou perder minhas estribeiras, voltar a viver sem fronteiras, num mundo tão pequeno não preciso dividir meu espaço, vou ser palhaço.
O que quero é um mundo pequeno.