domingo, 9 de agosto de 2009

Palha de Aço

Minhas veias saltadas no braço esquerdo, instigam minhas artérias a empurrarem a grossa camada de pele e pêlo do braço direito, a cabeça... essa já acustumada com o incômodo de insessantes pensamentos fazendo um barulho silencioso o tempo todo, todo tempo, tendo o tempo todo no tempo a entender o por quê de todas as coisas que me dou a atenção, ser bicho quando a pretensão doutro homem se quer mostrar de exemplo da raça de homens corretos.
Alguns se julgam ser corretos por estarem comprometidos com suas religiões, suas crenças.
Crêem em quê? De onde vêem tanta certeza do que é o correto ser o que são? palavras ouvidas de um outro homem, exemplos de outro homem, e então, seguem como se fossem proprietários da verdade humana.
Querem ouvir de mim, quem sou eu. E eu, não sei dizer quem sou, nem nunca saberei, nem nunca vou me deixar que me incomodem com isso o tempo todo, todo o tempo. Sou nada. Não sou correto, não sei da verdade, sou instinto, feito bicho.
E para essas perguntas, sou resposta crua.
SILÊNCIO.
Estou encomodado, e n'um dia comum me senti vazio quando meus planos era para ter um dia cheio, cheio de quê? Foi como pedir ao pai, ensinar-me a ser palhaço. Palha de Aço.

Isso não se ensina.