segunda-feira, 13 de abril de 2009

Nada a temer, nada a fazer.

Não entenderia, quando ainda um rapaizinho marrento que escondia a chupeta na fronha do travesseiro, ouvia de seus criadores pra se preparar que alguém iria morrer.
Como assim?
Se preparar pra morte de alguém? Como, ainda rapaizinho entenderia esse jeito de se preparar pra transição espiritual de outro alguém? Se preparar pra danada da morte...
Me conformava, mas nem entender a morte eu entendia. Achava ela um menino como eu, só que vestido de preto.
Gosto do preto, do crú, da ausência de brilho nele, da falta de reflexo. Para mim a morte é um menino ainda, e vestida de preto e sorriso, sorrindo...
Fiquei homem, marrento ainda, de coração duro, que sabe sim a quem dar os verdadeiros valores da vida, para que o menino de preto e sorriso, as leve na hora certa.
Homem importante na minha vida, me deixou hoje e todos que o amam, homem "antigo", de princípios antigos, de filosofia boa e marrenta... é, marrenta como o que vê a morte um menino de preto e sorriso.
Que Deus o tenha!
Apaixonado pelo verdadeiro amor, acredito que pediu a Deus para ir, ter com seu verdadeiro amor que também partiu nesse caminho à dois meses atrás.
Fez suas malas...




Obra: "sem título"
gravura em metal
24x33cm
2007
Marcomini

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