segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Pisando em praça de guerra.


Não estou querendo me passar por repórter, nem tão pouco por um cidadão que tem compromissos com assuntos onde humanos parecem créditos de um jogo eletrônico, quanto mais morre, mais se ganha ponto.
Não tenho pretensão alguma de tocar corações expondo minhas idéias com este texto, e muito menos me passar por um ser humano que se importa com gente inocente morrendo a troco de estatus entre quadrilhas de assassinos.
Estou aqui puro e simplesmente questionando, em vóz alta, que porra de guerra é essa? ah?
Acompanho no blog do estadão e do uol, pessoas discutindo o motivo dessa monstruosidade, expondo seus conhecimentos sobre a religiosidade daquela gente, o porquê uma israel tão poderosa em termos de armamentos e peparo de "guerrilheiros" com sangue nos olhos enfrentam um grupinho menor que os moradores de Pirituba...Alguém conhece Pirituba? bairro aqui de São Paulo, conhecem?
Hoje, dia 19 de janeiro de 2009 o grupo palestino concordou trégua de 1 semana com Israel. Uma semana de trégua, uma semana para que os civis da cidade de gaza planejem novos esconderijos, planejem suas fugas do inferno que está acontecendo por lá.... uma semana de trégua pra voltarem a se matar, voltarem a espalhar dor, e ódio e toda energia ruim e pesada por pessoas inocentes que até agora eu, particularmente eu, com toda a minha ignorância e falta de interesse de saber por que essa guerra está acontencendo... Eu no meu mundo fantasiado e puro, pouco me importa saber o motivo dessa pouca vergonha entre uma raça de doer.... essa raça de humano!
A única coisa que eu queria dizer aqui, é que me dói ver isso acontecer no mundo, nesse mundo onde todo mundo é gente e se diferenciam a todo o tempo, uma raça que é a mesma raça e não consegue ver semelhança no próximo, que separam por fronteiras, continuações do mesmo pedaço de terra.
Uma gente burra, que por não falar a mesma língua, pouco importa o que o outro pensa...
Eu só queria dizer que animais brigam por não terem uma linguagem entendivel.

Se você enxergasse o meu samba.


O meu samba, vai curar teu abandono,
O meu samba, vai te acordar do sono...
Meu samba não quer ver você tão triste,
Meu samba vai curar a dor que existe.
Meu samba vai fazer ela dançar...
É o samba certo pra você cantar.
Meu samba, é de vida e não de morte.
Meu samba, vem pra cá e trás a sorte
e celebra tudo o que é bonito,
Meu samba não despreza o esquisito,
Meu samba vai tocar no infinito,
Meu samba é de posse e não de grito,
Meu samba, defende com alegria, deixe que a noite vadia vai saber lhe coroar...
Deixo entregue aos bambas de verdade,
Que estão nos morros da cidade,
Peço a benção pra passar.
Deixo entregue aos bambas de verdade,
Que estão nos morros da cidade,
Peço a benção pra passar...

domingo, 11 de janeiro de 2009

Um mundo pequeno.

Quando era mais pirralho, desenhava água com rosto, que era amiga do fogo e esse não queimava, e nem se apagava por abraçar a água, todos que viam meu desenho achavam engraçadinho, e pra mim, aquilo era de verdade.... Cresci e venho me tornando o homem mais razoável. Falo de trabalho, de dinheiro, política, futebol, em rodas de "homens" falo de mulheres, isso me torna muito razoável, mas preferia a minha época em que a água abraçava o fogo.
Meu mundo era pequeno e era o bastante. Hoje me cobram um mundo grande, e de tão grande é tão superficial.
O soldado vive para morrer como herói, vive pra morrer. Não que isso seja diferente do resto dos humanos, mas o soldado só espera da vida, a morte.
Tudo muda com novas experiências, e o ser humano vai se tornando homem por suas experiências, e se conhecer algum que não sáiba mentir, não é humano.
Será que dá pra ter idéia do que é a Terra?
E eu, não sou soldado, e o que espero da minha vida?
Voltar a ter meu mundo pequeno, com uma porção pequena de bons amigos, talvez um punhado de filhos pra deixar de ser tão razoável assim, aí eu vou perder minhas estribeiras, voltar a viver sem fronteiras, num mundo tão pequeno não preciso dividir meu espaço, vou ser palhaço.
O que quero é um mundo pequeno.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ela apareceu aqui.

.

E tudo volta ao normal...
Primeiro e não segundo dia do novo ano que o cidadão volta as suas atividades de custume. Se desenrola de um envólucro nostálgico que teve em sua noite mau durmida e joga água fria em sua cara às 5:30 da manhã.
É... voltei ao que talvez considere "essência" no meu existir. Sigo pelo mesmo caminho, olho para o mesmo lado, acelero naquela rua, aquela... e dirijo como de custume, o caos não está tão caos assim, a ansiedade já não é tão anciosa assim. Deve ser por procurar um novo caminho no caminho que já existe.
O Sol, atrás do dia nublado começa a borra no horizonte interrompido por arranha-céus, sígno. E volto outra vez.... para ir logo mais e voltar logo.
E antes de cochar meu leito, meu olhar se atrai pela dura imagem de encarar meus pés vestidos por meias amarelas.
O que leva um cara a ter um par de meias amarelas?

domingo, 4 de janeiro de 2009

Om (ॐ)


O Om (ॐ) é o mantra mais importante do hinduísmo e outras religiões, considerado o corpo sonoro do "Absoluto" é o som do infinito e a semente que fecunda os outros mantras.

O Om começa com a boca aberta, emitindo um som mais parecido com um (a), mantendo a língua colada no fundo da boca e a garganta relaxada. O som nasce no centro do crânio, se projeta para frente e vibra na garganta e no peito. Após alguns segundos de vocalização, a língua deve recolher-se para trás. Assim, aquele som similar ao (a), se transforma numa espécie de (o) aberto, que vai fechando progressivamente.

No final, sem fechar a boca, a língua bloqueia a passagem de ar pela garganta e o som se transforma em um (m), que em verdade não é exatamente um (m), mas uma nasalização. Esta nasalização se chama anunásika em sânscrito, que significa literalmente com o nariz, e deriva da palavra násika, nariz. Mais claro, impossível. Em verdade, o mantra poderia grafar-se Aoõ. Neste ponto, o ar sai pelas narinas e o som vibra com mais intensidade no crânio. Aconselha-se que se treine colocando uma mão no peito e a outra na testa para perceber como a vibração vai subindo conforme o mantra evolui.

Porém, se você prestar atenção à vibração que acontece durante a vocalização, perceberá que ao emitir a letra (o) inicial (que começa como um a), a nasalização do (m) já está contida nela. Ou seja, é um som que se faz com o nariz, e não uma letra (m). Ao perseverar na vocalização, sente-se nitidamente que a vibração se origina no centro da cabeça e vai expandindo até abranger o tórax e o resto do corpo. resumindo, o Om começa com a boca aberta e termina com ela entreaberta.

Om é a vibração primordial, o som do qual emana o Universo, a substância essencial que constitui todos os outros mantras, sendo o mais poderoso de todos eles. Ele é o gérmem, a raiz de todos os sons da natureza.

E assim inicia-se também este blog, como um som, um gesto, um ato de expor minhas idéias, minhas inquietações, minhas angústias, um compromisso comigo mesmo por meio dessa ferramenta de comunicação "moderna", onde minha voz em letras alcança grandes distâncias, é como ter o poder de falar para o mundo e não à uma pequena roda de amigos dentro de um bar qualquer. Decisão de criar essa sala por um conselho de um novo amigo, uma pessoa que talvez só tenha passado na minha vida pra somar um pouco mais de vida em mim, ou ainda mais, uma pessoa que pode ainda fazer parte por muito tempo.

Pessoa essa que num papo curto, dentro d`um barquinho de pescador cercado por água e mais água salgada, entre olhares compenetrantes e atentos um ao outro, no caminho de volta e com um sentimento de plena satisfação de termos alcançado o que fomos buscar, de certa forma parecidos, mais cada um no seu jeito, a seu modo em 7 dias isolados da babilônia se fez uma pergunta. Pergunta simples, mas com uma força sem igual:

Drigão, você gosta de escrever?

(...)


Prazer te conhecer muleque firmeza!

Alberto Geraissate Paranhos Oliveira, vulgo Beto


Gratidão